Igatu , cidade perdida na Chapada Diamantina, cidade como a dos maias, encantada. Para se chegar lá você tem que ter um convite, tem que pegar a rota do coração. Chegando em Andaraí, pode-se pegar a estrada com a bela paisagem da Chapada, os montes azuís ao longe, as flores e rios que colorem o caminho. A estradinha para chegar em Igatu é encantada também, tão estreita como se fosse uma via sem fim. Para se chegar ao local , onde os garimpeiros fizeram glória, tem que encontrar o portal, se não se faz tantas voltas e não se encontra a entrada da cidade.
Olha que Igatu está ali, mas não é qualquer um que pode chegar. É como se a única estrada que leva à cidade, fosse movediça, caso você não seja uma pessoa encantada, não vai poder entrar na cidade, daí se perde , incrivelmente na única estrada.
É tão delicioso chegar ali no alto e ver a cidade cheia de pedras, com um ar de colina. Ar de colinas encantadas. Porque ali parece que o tempo parou e que vai sair da janela uma figura mitológica, um Teseu, forte e viril. Uma senhora velhinha , bruxa , curadeira. Ou dentro de alguma gruta você vai descobrir o mistério do mundo. Ou até encontrar alguma ninfa ou deíade banhando-se na cachoeira.
Ainda tem um museu na cidade com uma vista belíssima , além de obras de arte esplendorosas junto com plantas que parecem do conto de Joãozinho e o Pé de Feijão, as flores e plantas na Chapada tem tanto vigor que são gigantes, vivazes, robustas, alegres e coloridas como o sol da manhã.
Igatu parece um sonho, saímos um pouco do plano da realidade quando nos sintonizamos com o silêncio local, podemos inventar vários personagens para desfilar nas festas religiosas da cidade, na Festa das Almas em que as pessoas desfilam com candeeiros nas mãos e lençóis bramcos no corpo.
E lá por aquelas paragens, Igatu é sublime com as pedras, onde a arquitetura desafia a natureza e dela ergue casas como de montanha , tão singelas e belas e tranquilas que respiram o orvalho da manhã.
Respiramos fundo e o ar entra azul. Ao sairmos de lá nos despedimos de um ilustre morador, o senhor JEGUE, ele tranquilo , a olhar o mundo de um só ângulo , tendo a cenourinha como meta, sem se desviar para os lados, tendo uma meta e com ardor a alcançando , apesar das intempéries da vida. Igatu vai se despedindo de nós ali devagar com suas poucas luzes acendendo, com suas mulheres sofridas carregando lenha na cabeça, mas sorrindo, sorrindo o sorriso mais lindo daquela gente encantada, simples e feliz.
Por Marjorie Jolie
domingo, 22 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
PENSAMENTO
O homem não existe porque pensa.
Por pensar assim,
acha que o que não pensa não precisa existir
e, se continuar pensando desse jeito,
logo pode deixar de ser.
Por Mario Rezende
Por pensar assim,
acha que o que não pensa não precisa existir
e, se continuar pensando desse jeito,
logo pode deixar de ser.
Por Mario Rezende
sexta-feira, 13 de março de 2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
MULHER DE QUARENTA
MULHER DE QUARENTA
Cerca de uma década depois da fase chamada balzaquiana, a mulherada está aí, em plena atividade, mostrando o seu interior macio numa explosão de sensualidade. Mas ao contrário do milho que só vira pipoca uma vez, a mulher inaugura a fase pós-balzaquiana cheia de experiência, porque ela teve a oportunidade de virar pipoca muitas vezes. Algumas caranguejeiras saíram de dentro do esconderijo, se depilaram e andam por aí, desfilando de new look, papando suas presas inexperientes, alimento saudável pra auto-estima e incentivo pra manter a fisionomia adequada neste mundo pelos free, pelos out.
As pererecas consagradas deixaram de ficar de molho no brejo e, rejuvenescidas, depois de uma overdose de auto-estima saíram por aí em busca de sapinhos, na esperança de encontrarem um príncipe encantado, travestido de companheiro ideal, em substituição aos seus velhos e rechonchudos sapos que tiveram que aturar por causa da falta de pulinhos necessários e vão empurrando a menopausa pra frente.
Por falar nisso, tem uma amiga minha, que está justamente nessa fase de dar uma guaribada, também com a finalidade maior do que trocar somente o visual, porque ela estava lá pensando na vida, depois de dar uns chutes nas bundas de uns e outros (alguns mereciam, antes, em outro lugar), até que de repente, “puff”, no seu brejo apareceu o príncipe. Não sei se era sapo, o fato é que ela segurou logo e foi pintando o bicho de Brad. Tomara que dê certo, estou torcendo por ela, apesar de que sou suspeito pra falar. Por causa disso, resolveu até botar anel e abandonar a solteirisse. Não sei se está dando saltos muito rápidos porque pintou aqui no meu brejo há pouco tempo, só sei que está em velocidade máxima, só para quando as paredes dos vasos ameaçam romper. Está correndo mais que o beep, beep, o papa-léguas. Dizem os entendidos (e os metidos a), que isso não é bom, vive mais quem não esquenta, como a tartaruga, pulsação quase parando. Também, não sei se toda essa correria é por causa da preparação pro corpo a corpo com Brad ou se é por conta do bread dela de cada dia que está cada vez mais duro de conquistar.
De qualquer forma, a esperança é a última que morre. Mas não considere tudo ao pé da letra, porque lá no meu jardim, a esperança (pobre insetinho), foi justamente a que morreu primeiro, sob a sola de uma sandália Havaianas (não a minha, claro, porque não costumo dar chineladas à toa em bichinhos inofensivos que vivem no jardim e outros grilos, muito menos matar a esperança de alguém); talvez, por acreditar nos ditos populares sem pesquisar a razão deles. Esse da esperança, por exemplo, é bem antiguinho, vem lá dá época dos deuses e tudo por causa de uma mulher (elas estão sempre na parada), tal de Pandora.
Algumas resistem mesmo, tenho que admitir, vivem paraplégicas, clinicamente mortas, mas não entregam os pontos, de jeito nenhum. Mesmo depois de fazerem a passagem, continuam como esperanças-fantasmas. Apesar de que tem hora que não dá pra segurar e tem que se soltar igual a panela de pressão, porque ninguém é de ferro, né? Encarar a situação de frente e ir à luta com seus próprios recursos naturais, porque tem coisas que quem está de fora não conhece, como hemorroidas, que ninguém vive dizendo que tem, apesar de que hoje, até isso está difícil de esconder, senão não se aproveita a vida. Aí eu tenho mais é que dar força pra ela. Vai fundo antes que o charco comece a secar, porque passa a ser dolorido e perde a graça, e o tesão também. Então, tem que aproveitar mesmo enquanto é prazeroso e gostoso demais...
Por Mario Rezende
Cerca de uma década depois da fase chamada balzaquiana, a mulherada está aí, em plena atividade, mostrando o seu interior macio numa explosão de sensualidade. Mas ao contrário do milho que só vira pipoca uma vez, a mulher inaugura a fase pós-balzaquiana cheia de experiência, porque ela teve a oportunidade de virar pipoca muitas vezes. Algumas caranguejeiras saíram de dentro do esconderijo, se depilaram e andam por aí, desfilando de new look, papando suas presas inexperientes, alimento saudável pra auto-estima e incentivo pra manter a fisionomia adequada neste mundo pelos free, pelos out.
As pererecas consagradas deixaram de ficar de molho no brejo e, rejuvenescidas, depois de uma overdose de auto-estima saíram por aí em busca de sapinhos, na esperança de encontrarem um príncipe encantado, travestido de companheiro ideal, em substituição aos seus velhos e rechonchudos sapos que tiveram que aturar por causa da falta de pulinhos necessários e vão empurrando a menopausa pra frente.
Por falar nisso, tem uma amiga minha, que está justamente nessa fase de dar uma guaribada, também com a finalidade maior do que trocar somente o visual, porque ela estava lá pensando na vida, depois de dar uns chutes nas bundas de uns e outros (alguns mereciam, antes, em outro lugar), até que de repente, “puff”, no seu brejo apareceu o príncipe. Não sei se era sapo, o fato é que ela segurou logo e foi pintando o bicho de Brad. Tomara que dê certo, estou torcendo por ela, apesar de que sou suspeito pra falar. Por causa disso, resolveu até botar anel e abandonar a solteirisse. Não sei se está dando saltos muito rápidos porque pintou aqui no meu brejo há pouco tempo, só sei que está em velocidade máxima, só para quando as paredes dos vasos ameaçam romper. Está correndo mais que o beep, beep, o papa-léguas. Dizem os entendidos (e os metidos a), que isso não é bom, vive mais quem não esquenta, como a tartaruga, pulsação quase parando. Também, não sei se toda essa correria é por causa da preparação pro corpo a corpo com Brad ou se é por conta do bread dela de cada dia que está cada vez mais duro de conquistar.
De qualquer forma, a esperança é a última que morre. Mas não considere tudo ao pé da letra, porque lá no meu jardim, a esperança (pobre insetinho), foi justamente a que morreu primeiro, sob a sola de uma sandália Havaianas (não a minha, claro, porque não costumo dar chineladas à toa em bichinhos inofensivos que vivem no jardim e outros grilos, muito menos matar a esperança de alguém); talvez, por acreditar nos ditos populares sem pesquisar a razão deles. Esse da esperança, por exemplo, é bem antiguinho, vem lá dá época dos deuses e tudo por causa de uma mulher (elas estão sempre na parada), tal de Pandora.
Algumas resistem mesmo, tenho que admitir, vivem paraplégicas, clinicamente mortas, mas não entregam os pontos, de jeito nenhum. Mesmo depois de fazerem a passagem, continuam como esperanças-fantasmas. Apesar de que tem hora que não dá pra segurar e tem que se soltar igual a panela de pressão, porque ninguém é de ferro, né? Encarar a situação de frente e ir à luta com seus próprios recursos naturais, porque tem coisas que quem está de fora não conhece, como hemorroidas, que ninguém vive dizendo que tem, apesar de que hoje, até isso está difícil de esconder, senão não se aproveita a vida. Aí eu tenho mais é que dar força pra ela. Vai fundo antes que o charco comece a secar, porque passa a ser dolorido e perde a graça, e o tesão também. Então, tem que aproveitar mesmo enquanto é prazeroso e gostoso demais...
Por Mario Rezende
domingo, 8 de março de 2009
O DIA INTERNACIONAL DA MULHER E A MIMOSA
Mimosa é uma flor amarela que simboliza o dia internacional das mulheres. Aparentemente frágil , a mimosa com suas florzinhas delicadas, tem a força de sobreviver às intempéries do tempo , à neve e florescer linda para alegrar tantas mulheres que são presenteadas no Dia das Mulheres na Europa.
Mimosa revive uma história da luta das operárias que morreram numa manifestação em prol de direitos numa época em que as mulheres não tinham nem voz nem voto. Muitas morreram para que hoje tivéssemos alguns direitos , para que fossemos mais fortes e delicadas, com garra e sensibilidade, lutando e amando, procriando, rezando, cuidando, florescendo como flores eternas na vida da humanidade. Somos mimosas, mas fortes.
Por Marjorie Jolie
Mimosa revive uma história da luta das operárias que morreram numa manifestação em prol de direitos numa época em que as mulheres não tinham nem voz nem voto. Muitas morreram para que hoje tivéssemos alguns direitos , para que fossemos mais fortes e delicadas, com garra e sensibilidade, lutando e amando, procriando, rezando, cuidando, florescendo como flores eternas na vida da humanidade. Somos mimosas, mas fortes.
Por Marjorie Jolie
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