segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A CORDA SEMPRE ARREBENTA DO LADO MAIS FRACO

A CORDA SEMPRE ARREBENTA DO LADO MAIS FRACO


Sempre que se reclama dos gastos do governo, vem à tona a questão do rombo da previdência. Será que ele existe mesmo? Os aposentados ganham tanto assim, que justifique o alarido? A última foi a questão do reajuste dos benefícios dos aposentados e pensionistas. O ministro da fazenda alegou que terá que fazer cortes, redução de despesas, uma série de peripécias para manter o equilíbrio fiscal. Impressionante!
Por que não se cogita de impedir os aumentos dos deputados e senadores concedidos em proveito próprio? Que tal começarem os cortes por eles? Acho que seria mais justo. Ninguém reclama das aposentadorias dos parlamentares, que pouco ou nada contribuíram, e dos funcionários públicos que têm direito a benefício correspondente ao salário integral e nem se pensou em alteração do critério. Por que será? Por que eles merecem mais que os aposentados trabalhadores. Eles também oneram os cofres públicos, proporcionalmente em percentual maior que os da iniciativa privada. O fato é que a corda arrebenta sempre do lado mais fraco.
Tem mais é que pagar, afinal o aposentado não tem culpa que os recursos foram mal administrados, pois eles foram descontados mensalmente durante mais de trinta e cinco anos da contribuição previdenciária e ainda levaram uma paulada com a instituição acintosa do fator previdenciário no governo do carrasco dos pobres, tirando-lhes o direito de receber o benefício na medida do que contribuíram por tantos anos.
Ninguém está livre, mesmo os que contribuem hoje para a aposentadoria privada, pensando em se aposentar com um bom salário, de no fim levarem calote e ficarem sem nada. Como de certa forma tem acontecido com os aposentados ao longo do tempo.
Os vagabundos aposentados nem podem utilizar a arma do voto, apesar de esta só ter munição em época de eleição, porque a maioria já passou da idade e não vota mais. Não podem fazer greve de fome pelos motivos óbvios. Muitos torcem para isso, verem os velhos mortos. O fato é que, apesar de tudo, eles estão conseguindo viver mais tempo para receber o benefício, antes de morrerem esqueléticos na cama de um hospital público.
Enquanto isso, gente sem cultura, alguém sabe quanto? O pensamento incoerente acha justo que filhas solteiras de militares recebam pensão vitalícia, que também saem dos cofres do governo. Talvez seja porque seus pais enquanto na ativa produziram muito (produziram?). Senão teriam que ser prostitutas como as pobres. Afinal elas não precisam e não sabem fazer nada e as pobres são prostitutas não porque precisam, mas porque gostam. Fazer sexo é bom né? Elas, filhas pensionistas, não dão para isso. Para ganhar a vida não.

Mario Rezende

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